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IMPÉRIO INCA

ArtigoIMPÉRIO INCA

Explorar os registros arqueológicos da civilização inca, um dos mais notáveis impérios da América pré-colombiana, é uma experiência emocionante. Sua história tem início no século XIII, com a migração de uma tribo do altiplano peruano para a região da atual Cusco. Eles falavam o quechua, adoravam ao Sol e desconheciam escrita, ferro e aço, roda ou animais de tração. Ainda assim, criaram complexos sistemas agrícolas, de irrigação e de comunicação. O império chegou a ter 12 milhões de habitantes, mas foi aniquilado com a execução do seu último imperador, Atahualpa, por ordem de Francisco Pizarro, em 1533.

Sua expansão ocorreu a partir de 1420, quando os imperadores Pachacuti e Túpac Yupanqui incorporaram grande parte do oeste da América do Sul, desde o sul da Colômbia até o noroeste da Argentina. A extensa região era conectada por um vasto sistema de estradas com quase 40 mil quilômetros, partindo da capital Cusco. Pachacuti ordenou a construção de Machu Picchu na encosta leste dos Andes peruanos, possivelmente para celebrar a conquista do vale do rio Urubamba (www.americanindian.si.edu).

A “cidade perdida dos Incas” foi descoberta em 1911 por Hiram Bingham, professor da Universidade de Yale, e declarada Patrimônio Mundial pela Unesco em 1983. A 2.438 metros de altitude, entre os picos Machu Picchu (Montanha Velha) e Huayna Picchu (Montanha Nova), cujas encostas descem abruptamente cerca de 450 metros até o vale do Urubamba, Machu Picchu é o santuário arqueológico mais conhecido do Ocidente.

Suas estruturas foram erguidas com blocos de granito extraídos do próprio local, encaixados perfeitamente, sem uso de argamassa. O setor urbano, com 172 edifícios, abrigava o palácio em que a família real residia sazonalmente, acomodações para servos e espaços religiosos. Milho, batata, quinoa e algodão eram cultivados nos terraços. Vários monólitos considerados sagrados teriam sido usados em rituais e como calendários astronômicos; não podem ser tocados. Inevitável emocionar-se ao pisar as escadas de granito que interligavam áreas residenciais e templos.

A cidadela era alcançada pela rota Antisuyo, utilizada para transportar as riquezas da região amazônica até Cusco. Hoje, é possível acessá-la a bordo de um trem com janelas e teto panorâmicos, um convite ao encantamento pela beleza andina que se descortina ao longo do sinuoso rio Urubamba até a cidade de Águas Calientes. Daí, ônibus nos levam até o pico, em uma viagem vertiginosa de 30 minutos pela encosta íngreme da montanha, a uma aventura pelos 1.600 degraus do santuário. Outra opção é seguir pela trilha Antisuyo, ainda preservada, em um percurso de três dias.

Por ser local de difícil acesso, os colonizadores espanhóis nunca chegaram a Machu Picchu. Mesmo que a tivessem encontrado, a cidade estaria vazia. O motivo pelo qual foi abandonada permanece um mistério.

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