O hipotireoidismo ou doença da tireoide hipoativa é uma condição que ocorre quando a glândula tireoide não produz e não libera hormônio tireoidiano suficiente na corrente sanguínea para atender às necessidades do corpo. Os hormônios tireoidianos controlam o metabolismo e a maneira como o corpo usa energia, afetando todos os órgãos.
Os quatro tipos principais de hipotireoidismo são: o hipotireoidismo primário, o hipotireoidismo secundário, o hipotireoidismo terciário e o hipotireoidismo subclínico. O hipotireoidismo primário é o tipo mais comum. Ele afeta a tireoide, reduzindo a produção de hormônios tireoidianos, induzindo a hipófise produzir mais hormônio estimulante da tireoide (TSH). Doenças autoimunes como a doença de Hashimoto (o sistema imunológico ataca a tireoide) podem causar esta condição, ou após cirurgia da tireoide, ou radioterapia. O hipotireoidismo secundário ocorre quando a hipófise é hipoativa. Nesta condição a hipófise restringe o envio de TSH para a tireoide. O hipotireoidismo terciário ocorre quando o hipotálamo não produz o hormônio liberador de tireotrofina (TRH) em quantidade suficiente. Como resultado, a hipófise não consegue produzir TSH em quantidade normal. O hipotireoidismo subclínico, também conhecido como insuficiência tireoidina leve, ocorre quando os níveis de TSH estão ligeiramente elevados, mas todos os outros hormônios estão na faixa normal.
Os sintomas do hipotireoidismo dependem da gravidade das condições. Eles costumam se desenvolver lentamente, muitas vezes ao longo de vários anos. Os sintomas mais comuns são: cansaço, maior sensibilidade ao frio, constipação, pele seca, ganho de peso, rosto inchado, voz rouca, cabelo e pele ásperos, cabelo ralo, fraqueza muscular, dores musculares e articulares, ciclos menstruais irregulares, pálpebras caídas, dormência nas mãos, frequência cardíaca lenta, depressão, dificuldade de concentração, aprendizagem, déficit cognitivo.
As causas mais comuns do hipotireoidismo, são em decorrência de condições genéticas, problemas congênitos presentes no nascimento (nascer sem a glândula tireoide ou com a tireoide hipofuncionante), disfunção da hipófise, doenças autoimunes, na deficiência de iodo, medicamentos (lítio, talidomida, amiodarona), inflamação da tireoide.
Os maiores fatores de risco para o desenvolvimento do hipotireoidismo são: sexo feminino, idade acima de 60 anos, doença autoimune, predisposição genética, histórico de cirurgia da tireoide, gravidez, radioterapia de cabeça e pescoço.
As principais complicações do hipotireoidismo são: bócio, doenças cardiovasculares, infertilidade, defeitos congênitos, aborto espontâneo, neuropatia periférica, coma mixedematoso.
O diagnóstico do hipotireoidismo é feito pela anamnese, exames físico, exames de sangue (TSH, T4 livre, T3 livre, anti-TPO e anti-TG), e para diagnóstico diferencial: ultrassom, tomografia, a ressonância magnética, cintilografia e biópsia.
Os alimentos recomendados para evitar ou minorar o hipotireoidismo, são: sal iodado, carne vermelha, sementes de abóbora, girassol, linhaça, chia, frutos mar, algas marinhas, peixes, frango, ovos, aveia, quinoa, feijão, grão-de-bico.
Pessoas com hipotireoidismo devem limitar o uso de couve-flor, repolho, brócolis, soja e produtos derivados de soja, glúten (trigo, cevada, centeio), alimentos ultraprocessados: pizza, molhos prontos, salgadinhos, chips, cafeína, álcool.
