Diversidade vibrante
Participar como jurado da 3ª edição do concurso Arte na Cidade foi uma experiência profundamente inspiradora. Estar em contato com tantas propostas artísticas potentes, vindas de diferentes contextos e linguagens da nossa cidade, reforçou para mim a riqueza da produção contemporânea regional. O processo de avaliação foi, ao mesmo tempo, desafiador e gratificante — desafiador porque recebemos obras de altíssimo nível, que nos colocaram diante de decisões difíceis, e gratificante por perceber como a arte continua sendo uma ferramenta viva de expressão, crítica e transformação. Temos artistas amadores, aspirantes e profissionais, todos contribuindo para o crescimento cultural da cidade.
Durante a curadoria, percebi uma diversidade vibrante, tanto estética quanto conceitual. Obras que falam do agora, das urgências do tempo presente, mas também de memórias, afetos e identidades. Trabalhos que dialogam com o espaço urbano e rural, com o folclore, questões étnicas, religiosas, coletivas — e que desafiam as fronteiras entre arte e vida.
O Arte na Cidade vai além de um concurso: é uma plataforma de visibilidade e fomento para artistas muitas vezes à margem dos circuitos institucionais. Ele promove encontros, ativa redes e fortalece o ecossistema artístico local. Mais que premiar, reconhece trajetórias, provoca reflexões e convida o público a se conectar com a cidade de forma sensível e crítica.
Sinto-me honrado por contribuir com esse processo. Sigo acreditando na arte como linguagem essencial para compreendermos o mundo — e iniciativas como esta mantêm esse diálogo vivo, público e acessível.
Beto Cocenza
Idealizador do BOOMSPDESIGN