Cromo
O cromo pode ser considerado um mineral oligoelemento essencial devido aos seus efeitos na ação da insulina. Como ele não é produzido pelo organismo, sendo obtido através da ingestão dos alimentos, o cromo é considerado um mineral traço. Isso significa que ele é encontrado em quantidades muito pequenas no corpo humano.
O cromo acumula-se no fígado, baço, tecidos moles e ossos, e as vitaminas B3 e a C ajudam na absorção do cromo pelo intestino.
O cromo possui efeitos antioxidantes e desempenha um papel no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, potencializando a ação da insulina (ativa o receptor de insulina).
Ele pode atuar na prevenção de doenças cardíacas ao ajudar abaixar os níveis de triglicerídeos, colesterol LDL e aumentar o colesterol HDL, ajuda no controle da hipertensão arterial, da hiperglicemia e do diabetes, hiperlipidemia, síndrome dos ovários policísticos, obesidade, ganho de massa muscular, produção de neurotransmissores, redução do apetite, da compulsão alimentar por carboidratos, é benéfico à saúde dos olhos, pele e ossos.
Devido aos seus efeitos no metabolismo da insulina e da glicose, acredita-se que o cromo ajuda na melhora da Síndrome dos Ovários Policísticos, caracterizada por resistência à insulina e dislipidemia. Como o cromo contribui para a melhora da resistência à insulina, pode ajudar na redução do apetite, na ingestão de alimentos, na composição corporal, na perda de peso, no aumento da massa muscular e no desempenho atlético. O aumento da massa muscular ocorre porque o cromo tem capacidade de potencializar a absorção de aminoácidos e outros nutrientes pelos músculos. O cromo pode auxiliar na produção de serotonina, que desempenha um papel importante na regulação de humor e no tratamento da depressão, e da dopamina, que está relacionada à motivação e ao prazer.
A deficiência de cromo pode apresentar a longo prazo efeitos metabólicos e neurológicos adversos, como hiperglicemia, glicosúria, perda de peso, neuropatia periférica, intolerância à glicose e confusão mental. Dietas ricas em açúcares refinados (doces, tortas, biscoitos, bolachas, bebidas açucaradas) aumentam a excreção de cromo pela urina. Outras situações que promovem a perda de cromo são: gravidez, lactação, exercícios extenuantes, estresse físico por infecções e traumas.
O cromo parece ter poucos efeitos colaterais. No entanto, há relatos de que o excesso de cromo pode causar arritmias cardíacas, distúrbios de sono, anemia, dores de cabeça e de estômago, alterações de humor, reações alérgicas, hipoglicemia, diarreia, aumento do risco de danos renais e hepáticos.
O cromo pode interagir com medicamentos como antiácidos, insulina, metformina, medicamentos para refluxo, corticosteroides, beta bloqueadores, medicamento para tireoide e anti infamatórios não esteroides. Essas interações podem prejudicar a absorção do cromo ou potencializar o efeito de outros medicamentos.
O cromo está presente em muitos alimentos, como carnes bovinas, peixes, aves, frutos-do-mar, leite, ovos, grãos, frutas, vegetais, nozes, especiarias, como: aveia, quinoa, gérmen de trigo, milho, arroz integral, brócolis, alface, espinafre, couve, batata, aspargo, pimenta-preta, alho, cogumelos, camarão, lagosta, levedo de cerveja, vagem, feijões, ervilhas, laranja, tomate, banana, maçã, tâmaras, ameixas secas, cacau, suco de uva, vinho, sementes de girassol e linhaça.