CLORETO
O cloreto é o ânion mais abundante no corpo, ou seja, um íon com carga negativa, formado por átomos de cloro. O cloreto é um mineral essencial para o corpo humano, encontrado predominantemente no fluido extracelular (é o mineral mais abundante no líquido extracelular e o segundo no sangue. Ele é um dos principais eletrólitos, juntamente com o sódio e o potássio. A faixa normal do cloreto no sangue é de 100 a 108 mmol/L. Em média o corpo humano contém aproximadamente 115 gramas de cloreto, perfazendo cerca de 0,15% do peso corporal.
O cloreto pode ser confundido com o cloro, mas são diferentes. O cloro se transforma em cloreto quando ganha um elétron extra e fica com carga negativa.
O cloreto desempenha muitas funções corporais, como: manutenção da pressão osmótica, o equilíbrio ácidobase, a atividade muscular, a produção de ácido clorídrico no estômago (digestão dos alimentos), na regulação eletrolítica celular, base para a produção de ácido hipocloroso pelos neutrófilos, produção de cloramina para a resolução de inflamações e para efeitos protetores das células, respiração facilita a troca de oxigênio e dióxido de carbono nas células e no sangue.
Durante a respiração, os íons de cloreto possibilitam que o sangue transporte dióxido de carbono dos músculos e órgãos para os pulmões, onde é trocado por oxigênio. O cloreto atua em conjunto com o sódio para manter o equilíbrio adequado de fluidos e pressão nas células. Além de manter as células saudáveis, ajuda a manter o muco em vários órgãos, como os pulmões, pâncreas e fígado.
O cloreto é fundamental para manter o pH normal. Ele é o principal ingrediente do ácido clorídrico produzido no estômago, responsável pela digestão dos alimentos, evita o crescimento de fungos e bactérias no intestino, facilita a absorção de ácido fólico, vitaminas B12 e C, betacaroteno, cálcio, ferro, magnésio, zinco.
O cloreto ajuda os lisossomos na decomposição de moléculas desgastadas em partes reutilizáveis (reciclagem) e na destruição de moléculas velhas e doentes. As células do sistema imunológico usam cloreto para produzir ácido hipocloroso, que ajuda a proteger o corpo de patógenos.
Ele influencia no movimento da água entre os compartimentos de fluidos através dos canais de cloreto (permite o transporte de cloreto, nutrientes e água através das membranas). O movimento do cloreto través das membranas celulares auxilia na regulação do volume de fluidos nas células, na contração dos músculos e do coração, na transmissão sináptica, no controle da secreção de renina nos rins, na ativação da imunidade.
A hipocloremia (baixa de cloreto) pode ocorrer devido às perdas gastrointestinais (vômitos), rins (insuficiência renal e uso de diuréticos), insuficiência cardíaca, excesso de água e sódio. A hipercloremia (excesso de cloreto) é devido à perda de bicarbonato, de água (febre, transpiração, pouca ingestão, diabetes insípido, diarreia) doença renal crônica, administração de excesso de cloreto de sódio e de solução salina hipertônica.
O cloreto pode ser testado no suor, sangue, urina e fezes.
A principal fonte de cloreto é o sal de cozinha, sal marinho, sal dos himalaias. Ele também pode ser encontrado em carnes, frutos-do-mar, algas, centeio, tomate, alface, aipo, azeitonas, em alimentos processados com alto teor de sódio (frios, presunto, bacon, salsicha, queijos, chips batatas fritas, comida enlatadas), molhos (soja, ketchup, agridoce).