Dizem que só se conhece alguém de verdade quando viram inimigos. Quando os homens param de se ver como semelhantes, todo o horror se torna possível. Em certos momentos de nossa história, empesteamos o solo com tudo o que havia de pior e a colheita, como não poderia deixar de ser, foi vil. Há evidências de que lições que pensávamos ter aprendido não foram. Como se estivéssemos fadados a repetir os mesmos erros seguidas vezes. Tudo aquilo que não se cura, se repete. Enquanto não resolvermos as feridas que habitam dentro de nós, elas vão continuar se projetando por fora. Os ciclos vão se repetir até que a lição seja aprendida.

Estamos todos em processo de lapidação. Quando a lapidação se arrasta, o diamante nunca sabe se está pronto. Devemos passar pela tempestade, pelo olho do furacão, para reconhecermos o que é realmente importante e o que vale a pena mover céus e terra para proteger.

Dostoiévski argumentava que o mau pode ser punido. Se os malvados não são pegos, buscam seu próprio castigo, de um jeito ou de outro. Às vezes, um homem consegue exatamente o que deseja. Essa pode ser a punição mais perfeita de todas. Um buraco é uma das poucas coisas que fica maior à medida que é esvaziado. Para Nietzsche, a moralidade tem critérios estéticos.

O dilema da humanidade sempre foi como punir. A dor é um grande igualador. No começo, era pena de morte. Em um dado momento da história, descobrimos que, ao matar o condenado, matava-se sua força de trabalho. Então, a evolução da pena é uma história de descoberta de que, ao invés de matar o condenado, poder-se-ia puni-lo mantendo-o vivo e trabalhando. Isso com a influência da Igreja Católica que tinha nos seus mosteiros alas que se chamavam “penitenciárias”, onde o indivíduo que transgredia deveria ficar rezando em celas para pagar “penitências”.

Quando Deus ergue uma igreja, o diabo constrói uma capela ao lado. Aonde Ele for, o mal vai atrás. E não há modo que satanás goste mais do que abalar nossa fé. O mal sabe mais dos nossos medos do que nós mesmos. É melhor correr dos demônios e torcer para que não nos alcancem. Não há armadilha mais mortal do que a arma apontada para nós mesmos.

Uma árvore faz milhões de fósforos, mas basta um fósforo para queimar milhões de árvores. Todo ser vivo é um elo indispensável na teia da vida da qual, no fim, todos dependemos. No nosso mundo conectado, toda ação tem consequências. E as escolhas que fazemos importam de verdade. Se faltar um único elo, a rede inteira começa a se desfazer. Um homem sempre encontra seu destino no caminho que, às vezes, seguiu para evitá-lo. Tudo que começa deve acabar. Até o Universo e sua sinfonia equilibrada, onde cada corda toca em sua frequência perfeita.

Por fim, o lobo só é o vilão da história porque alguém decidiu que ele era. O ovo da serpente pode eclodir a qualquer momento. Abastecidos de conhecimento, podemos ajudar alguém em momentos difíceis. Sabiamente, tal ação é considerada como o ponto de partida para a civilização. É um acordo que deveríamos fazer com o futuro. A hora de agir é agora. A vida ainda é a força mais poderosa da Terra. A luz brilha nas trevas e a escuridão não pode derrotá-la. Faça o Bem!